sábado, 26 de janeiro de 2013

Sobre O Encantador Mundo Do Universalismo

Considerando o senso comum o mais razoável é que Deus salve a todas as pessoas. Se uma casa estiver pegando fogo, o bombeiro realmente competente não irá se preocupar em resgatar apenas as boas pessoas. Nenhum bombeiro estuda o histórico da vítima para ver se deve ou não trabalhar. Não é uma questão de méritos, mas de misericórdia. Entretanto, salvar uma pessoa contra a sua própria vontade leva-nos a um outro questionamento. Apesar do cigarro fazer mal para o fumante, quem ousaria tirar-lhe o direito de fumar? Bem, nossos valores são contraditórios. Nós simplesmente tentamos harmonizá-los ao dar preferencia por algo. Talvez o principal problema do universalismo seja este. Vou um pouco além ainda. Se todas as crianças que morrem serão salvas, isso quer dizer que o direito que elas possuem de escolher é desrespeitado? Não necessariamente, pois pode-se apelar para o molinismo e dizer que Deus só permite que morram as crianças que o aceitariam. De qualquer forma, há a possibilidade de Deus convencer a todas as pessoas. O universalismo seria muito agradável, um final feliz de verdade.

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