domingo, 23 de setembro de 2012

E O Apocalipse?

Para mim, o Apocalipse, por exemplo, não passa de uma projeção dos cristãos perseguidos pelo império romano. Não acredito que realmente o autor tenha tido alguma visão celeste. Escatologicamente falando pode ter, em certo sentido, o mesmo peso que uma profecia de Nostradamus, do Henri Cristo ou da mãe Diná. Isto, entretanto, não quer dizer que o mesmo não seja inspirado.

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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Empirismo, Evidencialismo, Eu E Deus

Quando a questão é a existência de Deus eu não sou evidencialista, nem empirista. Aliás, quem se diz evidencialista ou empirista neste ponto não sabe nada sobre a questão que envolve a existência de Deus. Quando falamos sobre Deus não estamos falando sobre um ente físico, mas sim metafísico. Não faz sentido ignorar que o próprio princípio de verificabilidade empírica não pode ser verificado empiricamente. Negar a metafísica é algo extremamente tolo.

Não é possível também se evidencializar a existência ou a inexistência de Deus. Nunca seremos capazes de fazermos isso. Simplesmente apelar para uma possível causa para o universo, para a morte dos dinossauros ou evento de difícil explicação não pode abarcar a totalidade dos atributos divinos, nem conferi-los necessariamente à apenas uma fonte. É impossível falar sobre onipotência, moralidade objetiva, onisciência, etc. No máximo, no máximo mesmo, sobre um grande poder, um grande conhecimento ou um grande senso de justiça. Um outro problema sério do evidencialismo é que ausência de evidencia, seja ela qual for, não é necessariamente evidencia de ausência.

Qual seria o meu motivo para crer na existência de Deus? Bem, eu não sei se existe apenas um motivo para isso, nem qual seria o motivo mais importante. A própria possibilidade de eu crer em Deus porque Deus quer que eu creia nele pode ser um motivo. Eu creio em Deus não simplesmente porque quero crer, mas porque sou incapaz de não crer. A própria possibilidade de existir é uma razão para eu crer. Não porque só um Deus pessoal possa trazer sentido objetivo à minha existência, algo que discordo, mas por causa da minha necessidade de relacionamento. Este é o principal motivo de eu crer em um Deus Pessoal: eu sou uma pessoa. Este é o motivo também de eu querer casar com uma mulher e não com uma cobra ou uma pedra, nem com uma mulher que se comporte como uma cobra ou uma pedra.  Este instinto que envolve esta necessidade de relacionamento tem a função de preservar a espécie. É também o motivo de valorizarmos mais a raça humana do que as demais. A lógica é "salvemos a nós mesmos e aos demais, se possível." Os demais são também, em algum sentido, pedaços de nós mesmos. Há um certo "egoísmo" universal inegável. A pergunta a ser feita é: até onde este instinto é verdadeiro?

Os instintos são confiáveis até certo ponto. Até mesmo os que parecem ser obviamente falsos são verdadeiros até certas circunstancias. Sabemos que os mosquitos se equivocam ao se lançarem contra a lâmpada acesa e acabam por morrer. Os mosquitos não sabem muita coisa sobre as lampadas, assim como nós não sabemos muita coisa sobre o mundo.

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Sobrevivência? E a Existência?!

Eu não vejo problemas em Deus criar seres, mesmo sabendo que estes deverão sofrer, pois Ele, dada a Sua onisciência, pode possuir motivos para permitir o sofrimento. O problema que encontro está em o homem, enquanto ser finito, ter filhos sabendo que estes estarão sujeitos à dor e, mesmo assim, não sabe quase nada sobre a sua própria existência. Às vezes, a natureza nos impele à idiotice reprodutiva simplesmente visando a sobrevivência, mas é ridículo apelar para a sobrevivência sem falar primeiro sobre a existência. A questão não é como Deus pode criar seres que Ele sabe que irão sofrer, mas como nós, mesmo incapazes de saber se Deus realmente existe, somos capazes de trazer outros seres a este mundo desconhecido. Algumas pessoas desejam fazer muitas coisas antes de terem filhos. Desejam possuir mais maturidade emocional, mais conhecimento, condições financeiras, etc. Eu, por outro lado, só preciso responder-me a pergunta "qual é o sentido da existência?", mas esta é uma pergunta difícil demais para um homem responder. Meu problema não é a quantidade de coisas a resolver, mas a qualidade de apenas uma questão.

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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

16 De Setembro

Tatá...

Me olhe nos olhos e me diga com o olhar
Não precisa sua boca abrir e fechar
Sei que até mesmo uma palavra é tão difícil falar
Sem se correr o risco gaguejar
Mas acho até que bonitinho, se isso ajudar

Diga, mesmo sem verbos usar,
Que quer me ver mais um pouco ficar
Me mostre o pescoço, passe a mão no cabelo
Ou um sorriso tímido e ligeiro
Demonstre sutilmente algum nervosismo que tire o meu receio

Não se preocupe com o resto
Não vou ignorar seu tão doce gesto
Nem interpretá-lo como vulgar ou ofensivo, meu amor
Ele será decisivo para que eu te entregue esta flor

Ninguém precisa saber
Só eu e você
Ninguém precisa entender
Só eu e você

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domingo, 16 de setembro de 2012

Tatá, Poucas Palavras, Grandes Emoções


"Jacó lutou com um anjo, mas esbarrar em um e depois falar com ele é algo muito melhor." *-*

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