segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Sobre Deus E Suas Qualidades

Se valores morais objetivos existem e Deus é, como muitos cristãos alegam, o Sumo-Bem, para mim, não faz sentido acreditar que Ele seja "melhor" sendo onipotente do que não sendo. Se eu tenho um pai profundamente amoroso, ele não se tornará melhor se for mais alto, mais bonito ou possuidor de várias outras qualidades. Digo isso, porque estas qualidades seriam valorizadas apenas subjetivamente. Se a sua esposa passar por várias cirurgias de reparação estética e ficar tão linda quanto a Maitê Proença, no tempo de Guerra dos Sexos, ou quanto a Taynara de Lima, ela não se tornará "melhor" por isso. Seu vizinho não se tornará uma pessoa "melhor" simplesmente porque ficou tão forte quanto o Anderson Silva ou o Minotauro. Estas qualidade não são morais. Para mim, dizer que devemos amar o Deus mais "poderoso" é o mesmo que dizer que, se tivermos que optar por salvar apenas uma pessoa, deveremos escolhe-la baseada no seu exterior. Penso que Anselmo e Plantinga estão equivocados neste sentido. Só faz sentido acreditar que o Ser "maior" tenha que ser onipotente, onisciente ou ter qualquer outro atributo "invejável" se for oferecida alguma relação entre este atributo e a moralidade. Fora isso, não há lógica nisso.

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