terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Jesus, A Tentação E O Corpo

"Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. Portanto, se o teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno. E, se a tua mão direita te escandalizar, corta-a e atira-a para longe de ti, porque te é melhor que um dos teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no inferno." Mateus 5:27-30

Ao contrário do que muitos dizem, Jesus está criticando apenas a cobiça pela mulher alheia, ou seja, o adultério ou o desejo de consumá-lo, não necessariamente o desejo de realização sexual com alguma mulher que não seja a sua esposa. Este texto em especial não fala nada, seja a favor ou contra, as relações sexuais pré-maritais ou a prostituição. Me lembro da história de um católico que teve uma ereção enquanto dançava com uma mulher e constrangido, com o seu "pecado", correu para a sua casa e amputou o próprio pênis. Geralmente há uma grande crítica feita a pessoas que chegam a este extremo. Não há, porém, indícios de que este ensino de Jesus não deva ser tomado de forma literal. Apesar isso, não conheço nenhum apologista cristão que defenda este tipo de prática. Jesus, entretanto, não está dizendo necessariamente que você deve arrancar o seu olho, ou a sua mão, se ele o "fez" pecar em alguma oportunidade, mas se ele te impede de viver uma vida em santidade. O princípio de Jesus é o de que devemos nos afastar da tentação a qualquer custo e que a amputação se torna valida quando há esta necessidade. As pessoas que acham este ensinamento absurdo sempre acabam por se limitar a um simbolismo, mas não vejo nenhuma razão para pensar isso. Por que este extremo da parte de Jesus? Certamente porque Ele via o pecado como algo absurdamente perigoso e imoral e que Deus, inflexível, haveria de recompensar tudo na eternidade. Se o corpo humano é uma propriedade divina e Deus é capaz de suprir todas nossas necessidades por que deveriam achar a explícita interpretação literal absurda? Nenhuma.

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