sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Argumentos Ateológicos

 
Eu, apesar de todo apreço que possuo pela religiosidade, gosto bastante de alguns argumentos ateológicos. Inquestionavelmente eles são muito superiores aos teístas. Os argumentos ateológicos são de duas naturezas: lógicos e evidenciais. Eu, entretanto, prefiro o primeiro tipo e vou me limitar a alguns deles:

Argumento cosmológico

Se a relação causa-efeito requer tempo, e realmente requer, Deus não pode criar o tempo e ser a causa do universo ou de qualquer outra coisa. Uma vez que Deus não pode fazer coisas logicamente impossíveis não pode ser o Criador do universo, nem intervir nele, tendo o mesmo que ser incausado. Isso significa que, ao contrário do que foi dito por Paulo, a existência do mundo é totalmente indiferente à existência de Deus. O argumento cosmológico perde o sentido porque um Deus atemporal não pode criar o universo, o argumento teleológico perde o sentido porque Deus não pode organizá-lo, o argumento experiencial perde o sentido porque Deus não pode se comunicar com o ser humano e o argumento ressurrecional perde o sentido porque Deus não pode interferir no mundo realizando milagres. Se, entretanto, Ele não é atemporal, pode não pode Ser eterno.

Argumento Amoral

Para que Deus seja moralmente perfeito é necessário que a moralidade seja objetiva. A moralidade objetiva, entretanto, não existe em nenhum mundo possível. Se a bondade divina não pode ser tomada arbitrariamente, logo Deus não existe. Alguém, entretanto, pode crer em Deus, apesar e achar que a Sua santidade é apenas subjetiva.

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