quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Sobre O Discurso Do Perdão

"Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se, por sete vezes no dia, pecar contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe.”  Lucas 17:3-4

Se alguém fala mal de um cristão em algum programa de Tv e logo depois pede desculpas, o cristão sente-se na responsabilidade de não processá-lo e perdoá-lo. Entretanto, se este homem também matasse a sua esposa ou estuprasse a sua filha, o cristão não deixaria de denunciá-lo, mesmo se o assassino e estuprador estivesse verdadeiramente arrependido. Neste caso, ele dirá que o perdão não o livra da punição. Por quê? Simplesmente porque o cristão não é capaz de perdoá-lo totalmente. Os políticos cristãos, caso quisessem ser coerentes, deveriam deixar de colocar na cadeia os criminosos arrependidos. Mandar um homem para a cadeia, mesmo que este esteja arrependido, é o mesmo que Deus pedoar o pecado da humanidade e, mesmo assim, lançar todo mundo no inferno. É colocar a lei dos homens sobre a lei de Deus. Dar a face para bater é perdoar ao ponto de colocar-se em risco. É ver o meu próximo matar cada membro da minha família em um dia, e perdoá-lo todas as vezes que ele pedir desculpas por ter matado algum deles. 70x7.

Você pode deixar de punir uma pessoa, voltar a falar com ela, dizer dela as coisas mais agradáveis e até desejar-lhe infinita felicidade. Entretanto, isso ainda não seria o perdão completo. Se o homem ganha permissão para se separar de uma mulher em caso de traição, ele ganha a permissão para não perdoá-la.

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