sábado, 14 de setembro de 2013

Dromedários E Avestruzes

“Se me provarem que a verdade não está em Cristo, prefiro ficar com Cristo e deixar a verdade” (Dostoiévski)

C. S. Lewis dizia algo parecido. Por muitos anos eu pensei desta maneira. Hoje em dia eu discordo totalmente. Se apenas a verdade liberta e a verdade não é o Cristo, ele não pode dar-me liberdade alguma que eu já não tenha. O cristianismo depende da verdade e a verdade não depende dele. Não há nada mais cristão do que deixar de ser cristão para ser tornar um cristão de verdade. Enquanto cristão sempre senti a necessidade de ser honesto, transparente, nada tendencioso. Isso tounou-me incapaz de defendê-lo, tentar defendê-lo, alegar a sua superioridade ou veracidade. Amar o conceito do Deus cristão, ou seja, isso independe dele realmente existir, não seria deixar a verdade. Deixar a verdade, por outro lado, seria propor um cristianismo fazendo um pácto com o diabo, o pai da mentira. É jogar fora o que há de mais importante no cristianismo para ficar com as migalhas. É tratar as pérolas como os porcos.

O apóstolo Paulo discorda totalmente. Para ele, se Jesus não ressuscitou, devemos comer e beber antes que a morte venha.

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