segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Teísmo, Moralismo E A Melhor Escolha

De fato eu não sei se Deus existe, muito menos qual seria a vontade dele. Uma vez que não sei qual é a vontade de Deus, dizer que a Sua vontade é a escolha que causa sofrimento ao meu próximo seria uma grande maldade e insanidade da minha parte. Eu posso cutucar a ferida do meu irmão, vê-lo sangrar e derramar-se em lágrimas e dizer que realmente há alguma razão divina incompreensível além dos nossos olhos ou posso simplesmente anunciar: "sejamos felizes, queridos irmãos! Comamos e bebamos! Pois não é impossível que Deus seja contra aquilo que nos faz felizes! Nenhum dos profetas cogitou a possibilidade de ganhar na Terra e na eternidade! Sejamos mais sábios do que eles! Garantamos um e, se for o caso, conquistemos os dois!"

É tolice dizer que Deus é contra tudo aquilo que parece me fazer bem quando eu não sei qual é realmente a vontade de Deus. Certamente não posso dizer também que ele quer que eu seja feliz e que eu faça o que eu gosto de fazer. Entretanto, a possibilidade dele não reprovar o que eu gosto de fazer e que me parece fazer bem existe. Logo, a coisa mais sensata a se fazer, exista algum Deus ou não, é fazer aquilo que parece me fazer bem. Não há a necessidade do salto de fé kierkegaardiano nem da dicotomia de Pascal.

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