segunda-feira, 22 de abril de 2013

The Smiths, Um Reflexo De Minha Alma Angustiada

Não se preocupe com as tristezas que não pudermos amenizar. Todas tristezas acabarão algum dia e será como se nunca tivessem existido. O mesmo acontecerá com a alegria, mas não estaremos mais lá para nos lamentarmos por isso. Aproveite o por do sol enquanto há por do sol, enquanto há olhos e uma alma que ama. Ame Apolo, mas principalmente Dionísio. Pois é Apolo quem nos leva à Dionísio, assim como Dionísio nos leva a Apolo.

Neste mundo não é heróis nem vilões. Todos somos vítimas do acaso. Somos criadores de um futuro insignificante. Quando dizemos que não devemos olhar para o fim triste de nossos antepassados estamos ensinando os nossos filhos a nos esquecerem. Somos fotografias velhas que se desgastam com o passar do tempo e que quanto mais tempo passa e mais as fotos se acumulam, mais elas perdem o valor.

Meu cachorro é indiferente à música que eu ouço, ao quadro que eu aprecio, ao filme que eu assisto, à arte que eu contemplo e à garota que eu cortejo porque a beleza destas coisas não está nelas mesmas, mas em meus olhos. A música não é uma criação divina, nem a beleza das flores. O homem é que chama de divino tudo aquilo que acha belo. Como tenho pena do meu cachorro por não entender como são lindas as músicas do The Smiths! Mas não deveria eu ter mais pena de mim mesmo, por saber o que hei de perder com o tempo?

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