segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Argumento Ontológico E Suas Fragilidades

O primeiro problema do argumento ontológico começa pela definição de Anselmo. A perfeição não é um atributo necessário de Deus. Tal conceito foi desenvolvido apenas com o passar do tempo. Não foi Ele quem pediu o filho de Abraão, só para saber se Abraão realmente o temia? Não foi Ele também quem se arrependeu de criar a humanidade antes de mandar o dilúvio ou precisou de argumentos de Abraão para não matar a todos os habitantes de Sodoma e Gomorra? O problema mais visível do argumento, entretanto, consiste no fato de a existência não ser um predicado de primeira ordem. O objeto não se torna "maior" ao ser real, pois a existência não acrescenta nada a ele.

Outra dificuldade que vejo é que o conceito de "ser maximamente grande", de Plantinga, não é consistente, pois para tal argumento Deus seria entendido como individualizado do universo. O que seria o "maximamente grande" se não o universo, que é, por definição, o conjunto de todas as coisas? O conjunto, Deus e universo, é maior do que Deus. O universo é a maior coisa concebível. Eu também posso conceber mundos possíveis em que o "ser maximamente grande" não existe. O fato dele não existir em todos os mundos possíveis não quer dizer que Ele não seja o "ser maximante grande".

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