quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ateísmo e Política da Auto-Satisfação

Eu acho que grande parte dos ateus que conheço não crê em algum Deus porque se vê incapaz de crer que possa ser beneficiada por Ele. Alguns deles acabam sendo extremamente ingênuos até, dizem que não faz a menor diferença a questão da existência de Deus. Por mais que apresentemos argumentos que tornem a existência de Deus no mínimo razoável eles não ficam convencidos. Uma pessoa pode crer em Deus e mesmo assim não crer na salvação eterna ou no inferno. Eu, por um bom tempo cri na existência de alguma divindade apesar da indiferença universal, um conceito extremamente subjetivo. O raciocínio de muitos ateus é basicamente o seguinte: "Sim. Existem até estes argumentos a favor da existência de Deus, mas devido o meu 'espírito freudiano' não consigo crer nesta história de 'felizes para sempre. Logo, Deus não existe ou vou viver como se Ele não existisse." Isto, claramente, não é uma leitura honesta dos fatos. As pessoas tendem a rejeitar a existência daquilo que consideram 'inútil'. Um exemplo frequente se encontra naquele jargão "pai e mãe são aqueles que criam, não os que colocam no mundo", mas no fundo sabemos que isto não é verdade. Um pai e uma mãe não perdem o DNA dos filhos ao rejeitá-los. Não deixam de serem pais biológicos por causa disso.

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