A Bíblia possui ensinamentos absurdos e entre estes ensinamentos absurdos nós temos proibições absurdas. Muitos cristãos, sabendo disso, reconhecem a necessidade de uma visão crítica sobre "o livro". Entretanto, a existência do sofrimento é algo absurdo também e, considerando que Deus é descrito como benevolente, onisciente e onipotente, aparentemente temos uma justificava para os absurdos anteriores. Se determinada pessoa crê que Deus pode beneficiar alguém em um mundo com tantas privações, mesmo que preparando-a para a eternidade, ela também poderia crer que Ele é capaz suprir as necessidades das pessoas que se sujeitam às leis absurdas da Bíblia e que realmente as interpreta como condenáveis, pecaminosas e inadmissíveis. Há o salto de fé de Kierkegaard, o rompimento para com o estádio ético e a entrega ao estádio religioso, onde a lei civil não vale nada diante da lei de Deus.
Tenha cuidado com o que diz te perdoar. Esta pessoa pode estar te perdoando por uma culpa que você não tem. Quem te perdoa precisou te culpar primeiro. Concordo com Nietzsche! O cristão não é salvo pela morte de um inocente, mas pelo sentimento de culpa. Aquele que não sente culpa não é salvo, mas apenas o que confessa sua culpabilidade. Se fosse de fato a morte do inocente que salvasse, todos seriam salvos, mesmo aqueles que não sentem culpa alguma. O diabo só é diabo porque quiseram chamar de Deus o demônio mais forte do que ele.
Eu avistei o profeta. Ele veio feliz e me disse que Deus havia escolhido um rei para guiar o seu povo. E eu me perguntei como um ser tão inteligente poderia escolher logo a democracia.
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