terça-feira, 12 de março de 2013

Paraíso, Riqueza E Humildade

Todos foram para o paraíso, mas alguns se viciaram tanto em seus pecados que se tornaram loucos e começaram a ter alucinações e pensar que estavam vivendo no inferno.

Deus prometeu levar-me para o paraíso após a morte. Eu morri e ele cumpriu o que havia prometido. Ele enterrou o meu corpo no cemitério celestial.

Se animais não vão para o céu porque não possuem consciência, por que um feto, ou simplesmente um ser humano em fase de desenvolvimento, deveria ir?

Dizem que quebrar um espelho dá 7 anos de azar. Se isso realmente fosse verdade, provavelmente eu quebraria outro espelho 6 anos e 11 meses após quebrar o primeiro. Não quebrar um segundo espelho já seria sorte, algo que eu não poderia ter já que estaria sob a maldição do primeiro. Se quebrá-lo, entretanto, é um sinal de azar, eu tenho azar porque quebrei o espelho ou quebrei o espelho porque tenho azar?

Eu não sou feliz. Eu tenho prazeres e penso que deveria ser incapaz de tê-los, tenho mais tristezas do que prazeres. Com tanto sofrimento no mundo, como eu poderia ser feliz? Só fingindo que ele não existe ou que não é tão grave quanto parece ser.

O fato de eu apenas achar que café é melhor do que chá não quer dizer que eu não deva tomar café quando tiver ambas as opções. Eu posso viver a minha subjetividade. A empatia faz parte desta minha subjetividade e aí surge a intersubjetividade. Nós fazemos porque desejamos. Se os valores "nobres" fossem contrários à vontade dos cristãos, eles não a aceitariam. A "objetividade" não teria nenhum valor para eles.

Não tenha pena do morto. O morto não deseja viver, nem continuar morto. Ele não deseja ver o que não pode ver, ele não deseja ouvir o que ele não pode ouvir, ele não deseja tocar o que ele não pode tocar. Ele simplesmente não deseja nada.

"Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso". Acho que hoje em dia entendo melhor esta afirmação de Jesus. É possível que ele acreditasse que haveria de vir o Reino de Deus naquele mesmo dia, dada a sua crucificação. Aquele era o último momento em que isso poderia acontecer, já que Jesus estava sendo espreitado pela morte. Em sua mente havia a expectativa de cumprir as profecias de Daniel e de Mateus 24, mas acabou por frustar-se, pois não apareceu no céu para julgar a humanidade, punir os "maus" e salvar os "bons". A visão mais coerente para os teólogos liberais deve consistir em interpretar esta expressão como estar na eternidade por estar no coração de Deus. Não estando de fato nele, mas sendo lembrado nele.

Jesus deu muito valor aos pobres, mas a humildade destes, assim como a avareza dos ricos, é apresentada apenas como algo acidental. Se a pobreza faz tanto mal aqui e tanto bem no porvir e a riqueza faz tanto bem aqui e tanto mal na eternidade, Deus deveria tornar todos pobres. Desta maneira, os ricos não se perderiam em suas riquezas.

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