quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

A Teologia De Roma

Alegar que seja imoral "não reconhecer" a possibilidade de uma mente criadora "além" do frio universo em que vivemos faz tanto sentido quanto dizer que é imoral chutar pedras, pois não poderíamos estar totalmente certos de que elas não sentem dor todas as vezes em que as pisamos nem de serem o objeto sagrado de deus.

Se Deus se comunica com o homem e pode possuir razões para permitir o mal, qualquer homem pode possuir razões também para permiti-lo ao ouvir a voz de Deus. Não haveria motivo algum, além do ceticismo, para condenar um pai que se mostrasse indiferente ao estupro sofrido pela filha.

Um católico, um ortodoxo ou até mesmo um teólogo liberal, falando sobre Jesus possui tanta credibilidade quanto um islâmico ou um espírita. Todos estão apenas preocupados em saber o que os seus tutores espirituais falavam sobre ele e ignoram o que Jesus falou sobre si mesmo. Não há uma "teologia de Jesus", mas uma teologia "sobre Jesus", o Jesus que cada um quer, pois este serve agora apenas como um amuleto. Fazem o mesmo que pensavam fazer os soldados romanos: partir as suas vestes em pedaços e reparti-los conforme parecer-lhes útil. O soldado romano é a perfeita representação da teologia moderna e desde o seus nascimento, pois abusa do verdadeiro Cristo e o crucifica novamente.

Os crentes econômicos liberais adoram falar sobre "esquerda caviar". Jesus poderia ser considerado um "esquerdista caviar", pois está no céu e não vem nos socorrer. O mesmo poderia se dizer de seu pai e de seus anjos, pois estes tomam vinho enquanto muitos de nós comem pão com ovo.

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