terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Paulo De Tarso Para Céticos

Talvez a maior parte dos pensadores cristãos que eu conheço seja fortemente influenciada pelo absurdismo. Eles dizem que irão acreditar em Deus mesmo que sua existência seja improvável ou impossível. Segundo Paulo, se Cristo não ressuscitou, não há seres mais infelizes que os cristãos e que o mais inteligente seria viver a vida sem os compromissos religiosos. "Comamos e bebamos porque amanhã morreremos". Segundo ele também, o cristianismo deveria ser crido porque possui certa razoabilidade, mas sabemos que isso é mentira. A maioria das inferências do Antigo Testamento a Jesus não passam de pura superstição nem há razão, sabemos hoje, para pensar que ele tenha realmente ressuscitado. Também não há viabilidade alguma na teologia natural nem tanta confiabilidade histórica nos primeiros escritos da Bíblia. Nenhuma destas razões é pelo menos razoável. Segundo o apóstolo deveria acreditar-se em Jesus porque ele era a maior de todas as verdades e não a mais confortável de todas as mentiras ou mais agradável de todas as possibilidades disponíveis. Paulo condena a religião existencialista ao condenar a religião alheia, pois seria um antropocentrismo camuflado. Ele também louvou o ceticismo, embora não soubesse exatamente como aplicá-lo. Converter-se ao ver o "filho de Deus" baseando-se nas sombras do Antigo Testamento, como fizeram os cidadãos de Beréia, é uma tolice sem proporções. Os bereanos simplesmente demoraram mais tempo para aceitar um erro. Isso não é ceticismo de verdade, é metodologia de esgoto. É por concordar em parte com Paulo que eu me vejo obrigado a discordar da outra parte.

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