terça-feira, 22 de março de 2011

Deus, Mitologia e Natureza Religiosa

Descartar a possibilidade de um Deus, limitando-O aos relatos extravagantes e mitos criacionistas é ridículo. Como pode-se concluir que Deus não existe simplemente porque se criaram mitos ao redor de Sua figura? Não podemos dizer que Deus seja um mito pelo simples fato d'Ele sempre ter estado envolvido por mitos. Existem muitas coisas reais em meio aos mitos e provavelmente Deus é uma delas. Teríamos que descartar assim todas as coisas que estão ou estiveram relacionadas com "relatos extraordinários"?

Creio que a explicação que pode ser dada à pergunta "por que existem tantos mitos ao redor da figura divina?" seja a óbvia resposta "não há nada mais provável!" Se as pessoas realmente crêem que um Deus existe fica fácil entender porque existem tantos mitos da criação ou "milagres" dando em árvores. Todas elas estariam intelectualmente e emocionalmente empenhadas em explicar como Ele criou o mundo ou agiu virtuosamente. Todos estariam inclinados à ir além do que conhecem sobre este Deus e sobre o mundo que Ele criou, desejando estar mais próximos d'Ele e expressando tal desejo através de seus mitos. O que o evolucionismo acrescenta à questão da existência de Deus neste sentido? Nada. A mesma coisa que as demais leis existentes em um universo possivelmente ordenado por um Criador. Uma pessoa que se baseia nos mitos antiquados para descartar Deus está fazendo uma análise muito simplória do teísmo. Está caindo em um truque psicológico. Creio que haja uma necessidade de sabermos separar realidade e mitos.

Creio que a crença em livros sagrados e "inerrantes" ajudaram mais ainda o teísmo a ganhar descrédito. Todos se sentiam obrigados a empurrar goela abaixo idéias velhacas, mas que são totalmente irrelevantes para a questão da existência de Deus. A existência de anjos, demônios, céu e inferno são irrelevantes para a idéia básica de um Deus e descartáveis se necessário.

_

Nenhum comentário:

Postar um comentário