Bem, a interpretação literal da Bíblia, no meu ver, definitivamente não pode ser desligada do fundamentalismo. Os primeiros capítulos do Gênesis apresentam 2 e não apenas um relato da Criação. Estes possuem vários sinais que determinam facilmente a influencia da mitologia babilônica. O próprio fato de Deus criar a luz antes de criar o sol já é uma demonstração de que os escritores queriam reduzir a importância das divindades astrológicas. Além disso, a literalidade do relato é requerida por personagens bíblicos posteriores. Os mitos criacionistas simplesmente nascem do anseio humano em tentar explicar o mundo existente. E o mais importante é que uma vez que a Bíblia não precisa ser inerrante, não há a necessidade de se apelar, mas sim se limitar a uma resposta mais simples. Os mitos também não se limitam aos relatos da Criação, mas incluem, por exemplo, a crença de que a volta de Jesus se daria ainda no primeiro século, algo que Paulo teve que responder depois em uma carta para os tessalonicenses ou a crença de que a teologia natural é suficiente para concluir que as religiões que não pertencem à esfera judaico-cristã são claramente falsas, algo que vemos em Romanos 1.
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