Não. Um grande equívoco cometido tanto por aqueles que defendem o mortalismo cristão quanto por aqueles que defendem o imortalismo é a crença de que o primeiro implica necessariamente em alguma forma de materialismo teísta e a de que os atos humanos estão simplesmente limitados aos processos cerebrais.
Creio que o aniquilacionismo e a crença em uma alma imaterial (ou de algo não tão complexo assim) podem ser racionalmente conciliados quando teorizamos a existência de uma "alma" imaterial além do corpo, mas que morre juntamente com ele. Na ressurreição, esta "alma" poderia ser restaurada e Deus acabaria conservando a identidade de todas as pessoas, as salvas ou não, para toda à eternidade. Esta é porém, apenas mais uma entre tantas outras teorias que podem ser desenvolvidas. A questão é que independente de para onde apontem as evidencias, contra ou a favor do materialismo, o aniquilacionismo segue sendo a melhor visão teológica no trato de tais questões.
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