sábado, 9 de junho de 2012

Jesus e Calvinismo

1. Se somente podem ser salvos aqueles que recebem a imposição da Graça irresistível, ninguém que não receba a imposição da Graça irresistível poderá se arrepender e ser salvo;
2. Jesus não queria que algumas pessoas entendessem a Sua mensagem porque se a entendessem, se arrependeriam e seriam salvas;
3. As duas primeiras afirmações envolvem eventos mutuamente exclusivos, ou seja, não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo.

Nas palavras do "maravilhoso" John Piper: Alguns podem dizer: "Sim, o Espírito Santo pode nos trazer a Deus, mas podemos usar nossa liberdade para resistir ou aceitar esse trazer". Nossa resposta é: Sem a Graça salvífica, sempre usaremos nossa liberdade para resistir a Deus. É isto que significa ser "incapaz de se submeter a Deus".

A "única" (coloquei entre "" porque existe uma outra explicação, igualmente arminiana e que já foi citada) saída deste problema filosófico é contestar a premissa número 2. Meu argumento se baseia em uma interpretação calvinista sobre uma sentença de Jesus. Os arminianos podem adotar uma leitura teologicamente diferenciada, mas um calvinista teria sérios problemas ao aceitar esta premissa. A questão é: Se a pessoa não pode se arrepender sem a imposição da "Graça" irresistível, não faz sentido adotar a interpretação de que Jesus somente falou através de parábolas para que não se arrependessem, pois Jesus estaria crendo que é possível se arrepender, mesmo sem a ação da Graça irresistível.

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