segunda-feira, 25 de junho de 2012

Eternidade?

A escatologia, a epistemologia e a soteriologia de Jesus possuíam vários defeitos. Se muitos valores são abandonados por algumas pessoas neste processo, creio que o mesmo pode ser aplicado à eternidade. Se considerarmos uma escatologia que se baseia no "andar da carroça" (não-intervencionalista), o "mortalismo universal" parece ser a perspectiva mais coerente, pois existe um método para adotá-lo. Seria como a "certeza" de que o sol vai nascer amanhã, um desenrolar natural das coisas. A sensação de existência vazia, entretanto, se limitaria ao desprazer humano com a finitude, mas nada além disso. Este seria o motivo de os teólogos liberais e neo-ortodoxos não abrirem mão dos valores mais "importantes" e agradáveis do cristianismo. Se um dia eu tive a certeza da imortalidade, seja ela agradável ou não (me parecia um peso, às vezes), hoje, no máximo, creio que sou um candidato à imortalidade. Universalismo? Eu tenho teorias anteriores a ele. Esta seria um exemplo. O cristianismo não nos tira a sensação de vazio. Isto, por outro lado, não quer dizer que este vazio exista necessariamente.

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