Muitos ateus crêem ingenuamente poder refutar a moralidade do Deus cristão apelando para as "atrocidades feitas por Ele no Antigo Testamento". Não estão sinceramente com o coração aberto para os contextos que envolvem os relatos tão desgastados em seus discursos. Realmente os ateus não querem cooperar.
Para esta objeção formulei o seguinte argumento:
1. Se nenhum Deus existe, valores morais objetivos também não existem;
2. Se valores morais objetivos existem, existe um Deus que os determina;
3. Se o Deus cristão está moralmente errado outro Deus deve estar moralmente correto;
4. Logo, o ateismo considerando as duas hipóteses continua sendo falso.
Acredito que se a afirmação de que o Deus cristão é imoral fosse verdadeira a conclusão que teriamos que aceitar é a de que a crença politeista é respeitável e a de que existe algum outro Deus superior à divindade cristã que é moralmente correto e não a de que não exista nenhum Deus bom. Se o Deus cristão está errado qual Deus está certo?
A cogitação de um Deus mal não se aplica ao monoteismo, mas apenas à uma cosmovisão politeista hierárquica. Cabe aqui ao ateu ou apegar-se à hipótese do outro Deus, abrir mão do seu "argumento moral" ou então abrir o coração para a explicação contextualizada do Antigo Testamento, pois tal alegação ateista faz do ateismo duplamente falacioso.
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