sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Não Podemos Ir Além da Bíblia?

Geralmente quando meus amigos perguntam se eu acredito na Bíblia eu digo brincando "eu já pude ver, tocar, cheirar e até mesmo ler algumas vezes. Isto parace-me um argumento bem convincente para crer que ela realmente existe."

Falando sério agora, creio que a pergunta mais apropriada para se fazer aqui seria "como eu creio na Bíblia?" e não "se eu acredito nela". Não creio em um casal despreocupado e nú em um jardim, em uma cobra falante, em um Deus ciumento, genioso, confuso, vingativo, homofóbico e mesquinho. Creio na inspiração bíblica, não na sua inerrância. Mas isto nos tráz uma questão bem interessante para se pensar. Podemos ir além da Bíblia?

Muitos teólogos fundamentalistas dizem que em todo ou quase todo caso a resposta é "não", mas penso que ela vai depender muito de como estamos entendendo esta pergunta. Quando apresento algum tipo de argumentação filosófica ou evidência histórica de alguma das minhas crenças, por exemplo, muitos objetam dizendo-me que eu não posso defendê-las biblicamente e é aí que eu pergunto "e qual é o problema?" A existência dos dinossauros não é bíblica, nem antibíblica.

A Bíblia, gente, não é um manual com todos os mistérios do universo. Se vocês acham isto tentem provar biblicamente a existência de protozoários, das pinturas e esculturas de gênios como Da Vinci e Rafael, do continente americano ou a ausência de uma Libertadores no histórico do meu querido Corinthians. Se fosse este o caso eu não levaria para a escola os meus livros de biologia e física. Levaria a Bíblia. Ela não é a única autoridade para falar sobre Deus e o sobrenatural.

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